Publicado em 22/Aug/2024
acolhimento

A UFRPE reafirmou o seu compromisso com a internacionalização e com a construção de uma universidade cada vez mais diversa e inclusiva, celebrando a diversidade de origens e culturas presente em sua comunidade acadêmica ao realizar, a 20 de agosto de 2024, seu I Encontro de Estudantes Estrangeiros.

Inédito, organizado conjuntamente pelo Núcleo de Internacionalização (Ninter) do Instituto Ipê e pela Coordenação de Internacionalização da Pró-reitoria de Pós-graduação (PRPG), o evento contou com a mobilização direta dos coordenadores dos programas para a liberação dos estudantes, o que permitiu reunir, no auditório da Biblioteca Setorial, quase 40 discentes internacionais dos mais de 50 estrangeiros matriculados, em um espaço para troca de experiências, fortalecimento de laços e coleta de importantes apontamentos para a melhoria dos serviços oferecidos pelos dois setores de Internacionalização da UFRPE.

Sobre a importância do encontro e a presença de estudantes de diversas nacionalidades, que enriquece significativamente a comunidade universitária e torna o ambiente de aprendizado mais rico e completo, a Reitora Profa. Maria José de Sena pronunciou: “Estamos comprometidos em oferecer um ambiente inclusivo e acolhedor para todas e todos as nossas e os nossos estudantes, o que inclui a comunidade estrangeira e suas especificidades”, afirmou. 

Do Benin, Cuba, Gabão, Guiné-Bissau, Haiti, Moçambique, Paraguai, Angola, Peru, Colômbia, Estados Unidos e Síria, os estudantes presentes tiveram a oportunidade de participar de um café da manhã e uma roda de conversa, onde puderam partilhar experiências e desafios enfrentados na chegada ao Brasil. A falta de um programa formal de acolhimento, como a recepção no aeroporto, e orientações específicas sobre questões burocráticas foram pontos mencionados. Outras duas solicitações também foram demandadas: a criação de um alojamento universitário para estudantes estrangeiros e cursos de português direcionados para a realização dos testes de proficiência que são aplicados para estudantes da pós-graduação. Sobre a política linguística do Núcleo de Idiomas, as perguntas foram respondidas pelo Coordenador de Apoio à Internacionalização Institucional do Ninter, Prof. Julio Vila Nova.

O Prof. Edivan Rodrigues de Souza, Coordenador de Internacionalização da Pró-Reitoria dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, também ressaltou que a realização do evento surpreendeu muito positivamente para aprimorar serviços e políticas de internacionalização voltadas ao acolhimento dos estrangeiros. “Os dados coletados vão basear nosso plano de ação para garantir que nossos discentes internacionais se sintam cada vez mais integrados à UFRPE”, afirmou Edivan.

Outro ponto relatado foi a dificuldade em encontrar moradia adequada, com um custo acessível e que atendesse às necessidades estudantis. Diante da demanda, a Internacionalização apresentou o Hospeda Rural, programa em fase de elaboração que pretende conectar estudantes estrangeiros a anfitriões brasileiros, oferecendo uma experiência de acolhimento e imersão cultural a um custo mais baixo de moradia compartilhada.

Entre os serviços já disponíveis para auxiliar os estudantes estrangeiros em sua adaptação, o Guia de Mobilidade In é uma publicação do Ninter, frequentemente atualizada, com informações relevantes sobre a universidade, cidade, serviços universitários essenciais e dicas para a vida no Brasil. Já o Fórum de Internacionalização é o evento anual (em 2024, se realizará a 21 de novembro) que conta com debates, painel interativo e feira, abordando temas como oportunidades de mobilidade acadêmica, impactos da internacionalização e fortalecimento da educação linguística. Cursos de Português como Língua Estrangeira são também ofertados semestralmente, com foco na comunicação acadêmica e no cotidiano.

O  I Encontro de Estudantes Estrangeiros se mostrou também uma oportunidade para que alunas e alunos estrangeiros pudessem se conhecer pessoalmente ou fortalecer vínculos para além de suas comunidades de país de origem. O doutorando em Ciências Florestais Duberli Elera, do Peru, contribuiu: “O café foi muito bom, conheci gente e obtive informações que não sabia, ainda ajudei compartilhando uma boa experiência no mestrado em outra universidade com um setor internacional forte, que pode ser adotada na Rural”. Vindo há cinco meses da Guiné-Bissau para o mestrado em Estudos da Linguagem, o guineense Isnaba Tique completou: “Acho muito interessante a oportunidade de podermos dar nossas humildes sugestões para a melhoria de Internacionalização. Foi o primeiro encontro, e esperamos que aconteça ainda várias vezes”.